O governo gaúcho enfrenta um dilema entre duas promessas de campanha: pagar o piso nacional do magistério ou preservar o plano de carreira da categoria. Segundo especialistas, cumprir as duas determinações seria tarefa impossível. A estrutura atual da carreira de professor, com grande diferença entre os níveis salariais mais altos e a base da folha, dificulta a aplicação de reajustes capazes de elevar a categoria acima do mínimo definido neste ano em R$ 1.451.
Tarso Genro levou para o Piratini o compromisso de campanha de implementar até o fim do mandato o piso estabelecido por lei em 2008 com sua própria assinatura, então como ministro da Justiça. Como também se comprometeu com o Cpers a não alterar as regras salariais do atual plano de carreira, as promessas entraram em rota de colisão. O aumento de 22,22% que incidiu sobre o piso em janeiro e o distanciou ainda mais do vencimento inicial dos professores gaúchos escancarou a dificuldade de conciliar as duas medidas.
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