Para garantir a aprovação do Orçamento da União de 2014 na madrugada de ontem, o Palácio do Planalto deixou uma reserva de cerca de R$ 500 milhões, dos R$ 6 bilhões destinados a emendas individuais, para liberações de última hora aos parlamentares. Parlamentares experientes apostam que esse valor pode chegar a perto de R$ 1 bilhão até o dia 31, quando fecha o sistema de empenhos (promessa de pagamento futuro). Dados do Siafi mostram a corrida das liberações: nos primeiros dias de dezembro, foi empenhado um total de R$ 1.4 bilhão para todo tipo de emendas (individuais e coletivas), praticamente o mesmo valor de novembro, que foi de R$ 1.5 bilhão. E, para 2014, até mesmo os mensaleiros condenados e presos garantiram sua cota de R$ 14,6 milhões no chamado orçamento impositivo. O parecer final do Orçamento de 2014 incluiu emendas individuais dos ex-deputados Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MS). Os dois renunciaram aos mandatos após terem tido a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o julgamento do mensa-lão. Suas emendas são legais. Os técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) informam que, no prazo de apresentação das emendas, eles eram parlamentares e tinham direito de fazê-lo. No caso de Genoino, ele já estava de licença desde setembro do 2012. Coube ao suplente Renato Simões (PT-SP) apresentar as emendas.
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