Um quarto da água captada pela Sabesp na Grande São Paulo é perdida no trajeto entre a represa e a caixa de água das casas e dos edifícios.Se tanta água não fosse perdida (2 milhões de metros cúbicos/dia), a crise pela falta de chuva no sistema Cantareira seria menor, assim como a ameaça de racionamento para 9,8 milhões de pessoas.A quantidade de chuva no reservatório em janeiro foi a menor para esse mês pelo menos desde 2003. Para tentar evitar um rodízio a partir de abril, a Sabesp decidiu dar desconto de 30% para quem a atingir a meta de redução de 20% no consumo de água.A taxa de 25% de perda, apesar de ter melhorado na última década, é considerada alta tanto pela própria companhia estadual como por especialistas no assunto."Em 2006 havia 33% de perda. Nossa meta é chegar até o fim da década com 18%" afirma Dilma Pena, diretora-presidente da Sabesp na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).A meta, considerada ousada pelos especialistas da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), mesmo se for atingida, deixará o Brasil atrás dos índices de países desenvolvidos.Em cidades do Japão e da Alemanha, as perdas são próximas de 11%. Nos Estados Unidos, a meta é de 16%.
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