quinta-feira, janeiro 22, 2015

Justiça decreta prisão preventiva de Cerveró

A Justiça Federal no Paraná determinou nesta quinta-feira a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Cerveró já está preso de forma temporária em Curitiba (PR), mas o mandado inicial, que tinha prazo de dez dias, se encerraria neste sábado. Com a nova decisão, ele permanecerá detido por tempo indeterminado. Em seu despacho, o juiz Sérgio Moro corrobora a suspeita sobre a venda de três imóveis por Cerveró para seus filhos em junho deste ano, que já haviam sido mencionados no primeiro pedido de prisão. "Há veementes indícios de que os bens referidos foram transferidos por valores muito abaixo dos de mercado", diz o juiz, em referência a dois dos imóveis."A conclusão óbvia é que o objetivo é frustrar a aplicação da lei penal, ocultando os bens ou colocando-os fora do alcance da Justiça criminal mediante transferência a terceiros", prossegue. O juiz também considera relevante a informação, apresentada pelo Ministério Público, de que Cerveró ocultou possuir cidadania espanhola, o que facilitaria uma eventual fuga do país. Moro afirma ainda que há o risco de que Cerveró prossiga suas atividades criminosas se obtiver liberdade. Embora esteja fora da Petrobras, ele ainda possuiria condições de praticar lavagem de dinheiro - como indica a negociação suspeita dos imóveis. "Nem mesmo a investigação e a persecução criminal foram suficientes para coibir a prática destes atos de lavagem ainda no ano de 2014", diz Moro. Ao conceder o pedido, o magistrado conclui: "Reputo, no contexto, preenchidos os pressupostos para a decretação da prisão preventiva, especificamente boa prova de materialidade e autoria de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, não só os já denunciados, mas também os ainda em investigação". (Veja)

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