O vice presidente Michel Temer anunciou no início da tarde desta segunda-feira (24) sua saída da articulação política do governo. O comunicado foi feito em reunião fechada com a presidente Dilma Rousseff. A informação foi dada pela Globonews, mas o Palácio do Planalto e a assessoria de Temer ainda não confirmaram a saída do peemedebista. A expectativa, no entanto, é que o vice-presidente se pronuncie até o final da tarde. Na manhã desta segunda, Temer esteve reunido com Dilma durante uma hora e seguiu depois para o Palácio Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência da República. Nos últimos meses, Temer vinha desempenhando a difícil tarefa de conter rebeliões internas dentro do PMDB lideradas, sobretudo, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), forte opositor ao governo de Dilma Rousseff. No início do mês, Temer fez um apelo para que o país se unisse, argumentando que a situação do Brasil é "grave". A declaração do vice repercutiu mal entre os petistas, que interpretaram a atitude de Temer como a de quem quer liderar o governo. Já Eduardo Cunha afirmou que a fala do vice-presidente foi um "desabafo". Com a saída de Temer, o governo precisará encontrar um nome que consiga arrefecer os ânimos de caciques do PMDB, maior partido da base aliada e o que mais tem dado sinais de insatisfação com os rumos do governo de Dilma Rousseff.
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