Um padre italiano e ex-diplomata da Santa Sé foi condenado neste sábado a cinco anos de prisão por possuir e distribuir material de pornografia infantil, segundo anunciou o tribunal do Vaticano. Questionado nesta sexta-feira, no primeiro dia de seu julgamento, Carlo Alberto Capella admitiu sua culpa, explicando que atravessou "uma crise pessoal" quando se sentia inútil em sua função de conselheiro do Vaticano em Washington, nos Estados Unidos. O padre italiano foi chamado em setembro para retornar à Santa Sé, onde estaria tendo início a investigação. Ele foi preso em abril em uma cela da Gendarmeria do Vaticano. Em agosto, o Departamento de Estado americano falou, por via diplomática, de uma possível violação às leis sobre imagens de pornografia infantil por parte de um membro do corpo diplomático da Santa Sé creditado em Washington. A Santa Sé chamou o religioso sem dar curso ao pedido americano de suspender a sua imunidade diplomática, segundo indicou uma fonte do Departamento de Estado. O Canadá emitiu no ano passado uma ordem de prisão contra o padre italiano pelos mesmos motivos, de quem suspeita-se que tenha baixado imagens de pornografia infantil do interior de uma igreja de Windsor (Ontário). Em 2013, o papa Francisco instaurou uma nova legislação relativa aos abusos sexuais sobre menores de idade e pornografia. Um padre considerado culpado pode cumprir uma pena de até 12 anos de prisão.
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