quinta-feira, agosto 16, 2012

Pacote reabre caminho para ferrovias no país

Com um investimento previsto de R$ 56 bilhões até 2018, o governo federal pretende ressuscitar o transporte ferroviário no Brasil e assim desatar o nó logístico que afeta custos e limita a competitividade do país. Divididos em 12 lotes, serão concedidos à iniciativa privada 10 mil quilômetros de estradas de ferro, extensão equivalente a um terço de toda a malha atual. No total, o plano para as ferrovias prevê recursos de R$ 91 bilhões – a maior parte dos R$ 133 bilhões previstos no pacote anunciado ontem para estradas e vias férreas, considerado o maior programa de concessões da história brasileira. Além dos R$ 56 bilhões na construção da nova malha, que seguirá o modelo de parceria público-privada, R$ 35 bilhões seriam gastos 25 anos após a conclusão dos projetos na manutenção e operação das ferrovias. Nos R$ 42 bilhões previstos para 7,5 mil quilômetros de rodovias, o modelo será o de concessões, com cobrança de pedágios. Desconfortável com as comparações entre seu programa e as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, a presidente Dilma Rousseff disse que agora a União não está se desfazendo de patrimônio público para fazer caixa ou reduzir dívida, mas selando parcerias com o capital privado para acertar contas com o atraso de décadas no investimento em infraestrutura.

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